O debate Uma casa portuguesa, sem certeza, a crise das pessoas em situação de sem-abrigo em Lisboa, da plataforma Morar em Lisboa, MeL, vai decorrer no dia 31 de janeiro pelas 18h00, na Biblioteca Camões.

Se houve grupo mais fragilizado em tempos de crise pandémica foi o dos sem-abrigo. Ao fim ao cabo: como se pode fazer quarentena sem casa? Despojados de tudo e expostos diariamente a todo um conjunto de riscos e privações, durante o tempo de pandemia, este grupo da população acaba por ser sobre-exposto a um risco maior de contágio. Os serviços e o comércio fecharam. As ruas tornaram-se desertas. Aquela ajuda pontual do transeunte desapareceu. Por isso também, no caso dos sem-abrigo, não é só o maior risco de contágio que os torna ainda mais vulneráveis, é o risco de morte que se aproxima pela fome e pela total ausência de laços e de suporte do meio social. Mas as instituições, as associações e os colectivos não têm poupado esforços para os apoiar. As redes solidárias não se achataram com a curva da pandemia. Múltiplas, se ergueram com o nobre objectivo último da protecção da pessoa humana, tendo no horizonte uma produção e apropriação de cidade mais humana, social e inclusiva. Centenas de voluntários e de trabalhadores apoiam outras centenas de pessoas sem-abrigo, desdobrando-se em actos de solidariedade e cidadania activa que vão desde o fornecimento de refeições quentes ao apoio médico e social.
Mas e agora? Como está a situação dos sem-abrigo no pós-pandemia?
A inflação aperta e há mais pessoas a fazer pedidos de ajuda alimentar. Um retrato atual e triste dos efeitos desta crise inflacionária. Os sem-abrigo duplicaram depois do período pandémico e o risco do número continuar a aumentar mantém-se perante o cenário actual de subida de preços.

A sessão conta com os seguintes oradores:

•  Américo Nave | Associação Crescer
• Flávia Tourinho | Alto Comissariado Migrações
• José Madeira Serôdio | Cáritas Portuguesa
• João Marrana | Direitos Humanos e Sociais, da CML
• Jorge Moreira | Cidadão

Moderação de: Cristiana Moreira | Jornal Público

Entrada livre.

No decorrer desta atividade, são captadas imagens e som para divulgação pela CML, entidade parceira ou promotora, nos respetivos meios de comunicação, como redes sociais e sites institucionais.