Nesta sessão irão explorar-se as diversas características da Guiné-Bissau: a forma como funciona, o povo, o governo e a cartografia geológica de todo o território.

A população da Guiné-Bissau é da ordem de 1.650.000 habitantes, que se distribuem por cerca de 30 etnias, a maioria das quais com dialeto próprio e usos e costumes também diferentes. Quanto à cartografia geológica na Guiné-Bissau, trata-se de um país muito aplanado, em que menos de 8% do território tem cota superior a 100m e com uma rede hidrográfica muito penetrativa e com extensas áreas de lodos, areias e mangal, com presença constante de solos avermelhados e lateritos, dispersos numa vegetação densa que apenas se reduz na época mais seca.

Paulo Hagendorn Alves é geólogo com formação em geologia mineira, cartografia geológica e geotecnia, doutorado em sedimentologia pela Universidade de Lisboa.

Durante cerca de 10 anos trabalhou em prospeção mineira de minerais metálicos (Trás-os-Montes e Alentejo), hidrogeologia em zonas de águas termais e depois geotecnia em empreendimentos hidroelétricos (EDP, barragens e túneis, em Portugal e São Tomé).

A partir de 1989 seguiu-se uma carreira no Estado, primeiro no Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), centrada na cartografia para edição do mapa geológico da Guiné-Bissau (GB), mas também com trabalhos sobre Angola.

Com a extinção do IICT entrou em 2006 no LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia), onde concluiu e publicou o mapa da GB, após o que se dedicou a cartografia geológica de Portugal, avaliação de impacte ambiental e património geológico.