Descrição
Neste livro expõe-se o complexo processo de reabilitação e restauro levado a cabo à Igreja de Santo António.
Esta igreja ergue-se sobre o local onde nasceu Santo António, antes de ter partido pelo mundo como pregador, acabando por morrer em Pádua. O templo atual foi construído em 1767, no local onde existia uma capela desde o século XV. Oferece como elementos dignos de nota a imagem do santo patrono, poupada pelo terramoto, a cripta no seu lugar de nascimento e a tela representando Santo António com as feições mais autênticas que se conservam. Foi visitada pelo Papa São João Paulo II em 1982.
No largo fronteiro, encontra-se uma imagem do Santo inaugurada pelo Papa São João Paulo II em 1982, obra de Soares Branco. A igreja é antecedida por uma escadaria em leque que compensa o desnível da rua. A fachada, mais complexa e decorada do que a das demais igrejas pombalinas, merece a atenção do visitante. No corpo anexo do lado esquerdo, pode-se visitar o Museu Antoniano, onde se expõe um espólio diversificado de objetos ligados ao Santo. A fachada lateral sul, que acompanha o declive da subida, apresenta uma decoração de gosto neoclássico. Sob a última janela, uma lápide inscreve o breve do Papa Pio VI concedendo indulgência plenária a quem visitar esta Casa de Santo António.
O teto do nártex tem pintado o brasão com as armas portuguesas e as da família Bulhões. O espaço interior é vibrante de luz e cor. No extenso teto do subcoro, surge um medalhão com os atributos do orago – cruz, livro e lírios -, que se repetem várias vezes. No coro, o órgão, encomendado em 1872, é de origem inglesa. No retábulo do altar da sacristia, podemos contemplar uma boa tela de Bruno José do Vale, em que se representa a Sagrada Família com São João Baptista.
Tal como a nave, a capela-mor mostra abundância de cores e luz. O retábulo é marcado por dois pares de colunas e por um trono com baldaquino e talha dourada na tribuna. Ao centro, ergue-se a bela imagem de vulto de Santo António, em madeira estofada e pintada, que sobreviveu ao Terramoto de 1755. A ladeá-la estão as imagens de São Vicente e São Sebastião.