Descrição
«As ruas e avenidas da cidade de Lisboa foram pontuadas, ao longo da década de 1950, por realizações discretas, correntes, edifícios construídos todos os dias para habitação em andares, com uma arquitectura geralmente cuidada, conquanto condicionada, por vezes, pela inserção em parcelas resultantes de processos de urbanização antigos. Estes objectos ostentam, com maior ou menor acerto e expressividade, fachadas desenhadas com recurso às formas modernas de modelo internacional. Até que ponto, ao relativo grau de modernização das linguagens formais exteriores, segundo os estereótipos de um Movimento Moderno no auge da sua internacionalização, correspondeu uma concepção moderna da célula habitacional em concentrações multifamiliares, tema de debates exaustivos e de propostas teóricas radicais durante os anos de consolidação daquele movimento?»