Descrição
Quem eram, como viviam, como eram observados os mendigos e os vadios de Lisboa, de meados do século XIX até à República. Que atitudes e diretivas assistenciais ou repressivas o Estado liberal adotou face a esta realidade social. Devido à dimensão do pauperismo Oitocentista, onde mendigos e vadios se confundiam com as classes laboriosas (pobres), a sociedade reclamou novas medidas para a resolução dos problemas de miséria e exclusão social. Da caridade individual à beneficência pública, do licenciamento da mendicidade à sua opressão. A pena máxima infligida aos vadios foi o degredo, expulsão física do território continental dos cidadãos indesejáveis. A repressão da ociosidade dos mendigos/vadios, legitimada pela valorização do trabalho, atingiu os desempregados, categoria social criada no final do século XIX. As leis sociais permitiram uma mudança efetiva da situação que culminou na criação de um sistema de segurança social. Pretende-se que o leitor equacione as analogias entre o Passado e o Presente. No século XXI os debates sobre o «Estado Providência» e as novas formas de exclusão social, nomeadamente dos trabalhadores estrangeiros, migrantes, torna premente a História destes sujeitos sociais.