Descrição
“Almada olhou sempre o mundo à volta com ironia. Uma ironia que acompanhava a sua paixão pela vida e o carinho que dedicava às pessoas e às coisas. Mesmo quando aparentemente as zurzia impiedosamente. Da sua mão saíram não apenas grandes composições pictóricas e textos notáveis, mas também desenhos onde o dia a dia de Lisboa surge tratado com um realismo que só o descomprometimento e a liberdade crítica e criadora tornavam possível”.
No ano em que se comemorou o centenário do seu nascimento a Câmara Municipal de Lisboa realizou uma exposição dos seus desenhos publicados no Diário de Lisboa, entre 1921 e 1935. Os desenhos permitem rever, não apenas um período importante da vida da cidade de Lisboa, mas também a ternura crítica com que Almada olhava o mundo. Tal como Botelho os desenhos caricaturais de Almada são uma das mais interessantes leituras críticas da Lisboa dos anos 20.
Desenhos de Almada Negreiros publicados no jornal Diário de Lisboa no âmbito da sua colaboração gráfica, com texto introdutório de António Rodrigues; mais de 100 páginas do livro são dedicadas à reprodução de gravuras, algumas apresentadas em folha desdobrável.