«Como se analisa um espetáculo que acontece, essencialmente, na mente do público? Com que critérios devemos nós analisar uma mîse en oralité, treinados que estamos a ver antes de ouvir?» – Rui Pina Coelho

[excerto do artigo Sem corpo, sem problemas: Narradores e Contadores de Histórias, apresentado no Colóquio Internacional de Críticos de Teatro em 2008, em Almada]
A Humanidade é comunicante: funda-se e aprofunda-se nos seus mitos e histórias. Os contos tradicionais encerram ferramentas significativas para o processo de apreensão do mundo e dos seus códigos, de compreensão do eu e do outro, conduzindo o indivíduo a encontrar respostas às suas questões e um sentido para a vida – a construir, portanto, a sua própria narrativa. Ao contador assiste a necessidade não apenas de apropriar-se, mas de recriar. Os transmissores de património narrativo são agentes de mudança: uma mudança de posicionamento em relação a si mesmos e ao todo, e o seu artesanato do efémero, a sua mîse en bouche, é um veículo poderoso capaz de unir presente, passado e futuro. Conversaremos sobre isto e mais, que a conversar é que a gente se entende.

• Com: Ana Sofia Paiva
• Dinamização: Coffeepaste
• Entrada paga e com inscrição
• Contacto para inscrição: formacao@coffeepaste.com

A oficina realiza-se nos dias 15 e 16 de fevereiro, das 10h às 19h, na Biblioteca de Alcântara – José Dias Coelho.

No decorrer desta atividade, são captadas imagens e som para divulgação pela CML, entidade parceira ou promotora, nos respetivos meios de comunicação, como redes sociais e sites institucionais.