Oficinas Musicais do Serviço de Fonoteca
No âmbito do Programa para o Desenvolvimento da Sensibilidade Artística, o Serviço de Fonoteca das Bibliotecas de Lisboa disponibiliza Oficinas musicais e Cursos para vários públicos e graus de ensino. Partindo da enorme riqueza e variedade da coleção documental de música do Serviço de Fonoteca, nestas oficinas pretendemos, de ano para ano, oferecer às famílias e à comunidade escolar abordagens estimulantes ao nosso património musical e ao cruzamento da música com outras áreas do saber, da cultura e das artes. Entre as várias oficinas que temos vindo a dinamizar podemos destacar, por exemplo, As canções que fizeram Abril, em que abordamos, através de músicas, imagens e filmes de arquivo, a história da ditadura à democracia em Portugal e refletimos sobre o papel vital de algumas letras e canções de intervenção; Grandes filmes, grandes músicas, em que analisamos o papel determinante da música nalgumas grandes obras de cinema; Canções da diáspora cigana, onde abordamos cantos, instrumentos e danças que afirmam a fortíssima identidade cigana e que têm influenciado de forma tão rica a história da música seja tradicional, clássica ou pop; ou ainda Ponto, linha, desenho música – Cruzamentos entre a música e as artes plásticas, onde procuramos identificar processos e conceitos comuns entre as artes plásticas e a música em diferentes contextos históricos, estabelecendo pontes formais, conceptuais e estilísticas e experimentando no desenho ações criativas despoletadas por estímulos musicais concretos.
Acreditamos que qualquer abordagem oficinal à música – sempre ancorada em diversas propostas temáticas desenhadas para os diferentes níveis de ensino, seja numa vertente mais histórica, didática ou experimental – precisa da convocação do corpo, da manipulação de diferentes produtores sonoros e da mobilização de todos os sentidos, de modo a potenciar o desenvolvimento da sensibilidade artística e criativa. Assim, nas Oficinas Musicais do Serviço de Fonoteca, o público é estimulado a ter um envolvimento ativo e emocional com a música através do corpo, da voz e de instrumentos musicais que são disponibilizados. Mas é também desafiado a interrogar e refletir de forma crítica sobre o que vê, experimenta e ouve. Finalmente, se tudo correr bem, o público é contagiado pela curiosidade e vontade de alargar horizontes musicais e de lançar pontes com outras comunidades e culturas.